Moradores da Vila Prudente protestam contra centro de apoio do Metrô nas vizinhanças
segunda-feira, 15 de outubro de 2012Depois de verem frustradas suas expectativas de ganhar uma área verde no lugar do canteiro de obras da estação que ficou pronta, moradores estão usando placas e cartazes para protestar. Nelas, a frase “um absurdo da engenharia do Metrô: Vila Prudente vira canteiro de obras da Vila Mariana”.
Os vizinhos do antigo canteiro de obras da estação de Metrô Vila Prudente protestam contra a transformação da área –que ficou fechada com tapumes por mais de quatro anos–, em centro de apoio das obras das estações Santa Cruz e Chácara Klabin, da Linha 5-lilás do Metrô.
Marilena Katafay, 64, afirma que, antes de comprar sua casa no local, esteve no escritório do Metrô na região para saber o que seria feito com o terreno. “Tinha um projeto, com um desenho, mostrando que ia ser concretado, ajardinado. Não só eu como toda a vizinhança esperava um área verde”.
“Fizemos abaixo-assinado. Queríamos um canteiro de plantas e não outro canteiro de obras”, desabafa Ana Cassini, 76, que mora a poucas ruas do terreno da rua Tomás Izzo, na região da Vila Prudente (zona leste de São Paulo). Ela afirma que durante a obra, e nos dois anos em que o terreno ficou fechado sem qualquer uso, aumentou a ocorrência de assaltos, pois a área ficava mais deserta à noite após a desapropriação feita pelo Metrô.
“Eles não fariam isso em um bairro nobre. Fazem aqui porque é a zona leste”, reclama Antônio Benine, 64.
Agora os moradores estão em contato com a Defensoria Pública para tentar reverter a situação.
A Companhia do Metrô informa que já implantou um parque linear na rua Aida, que fica na vizinha Vila Carioca, logo após a conclusão das estações Tamanduateí e Vila Prudente da Linha 2-Verde. “As áreas citadas pelos moradores serão usadas como canteiro de apoio para execução de atividades para as obras de expansão da Linha 5-lilás, […] essencial para toda a população da Região Metropolitana da cidade de São Paulo. No local serão construídos escritórios, refeitório, ambulatório e carpintaria. Quando for concluída a obra, em 2015, o Metrô vai estudar, em conjunto com a comunidade, a melhor destinação para o terreno”.
Fonte: Folha On Line
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