A qualidade do asfalto usado na cidade de São Paulo entra em “cheque” mais uma vez. Como acontece anualmente na época de chuvas, o material usado nas vias não resiste à força das águas e acaba cedendo. O que se vê são ruas e avenidas repletas de buracos e rachaduras na pista, o que dificulta a vida dos motoristas. Um exemplo é a principal avenida da região, a Anhaia Mello. Há anos sem receber o serviço de recapeamento e com obras do monotrilho por toda sua extensão, a via tem se tornado um perigo para os veículos neste mês de janeiro.

“São muitas ondulações. Parece que estou dirigindo em uma estrada de terra. Sem falar nas batidas secas nos buracos, que danificam toda a suspensão do carro. Basta cair um pouco de água que novas danificações aparecem na pista. Fora que quando está chovendo, o asfalto fica repleto de poças, que dificultam a percepção dos buracos. Já vi muito motoqueiro se segurando para não cair na Anhaia Mello”, comenta o vendedor Hugo Marques Kauffman, que utiliza a via diariamente.

Quem também passa pela avenida e reclama da situação é o advogado Mauricio Jorge dos Campos. “É lamentável. A Prefeitura Municipal de São Paulo vem e tapa um buraco e na mesma hora aparecem outros dois na pista. Sem falar que as danificações que são cobertas não demoram muito para reaparecerem. Basta uma chuva para o asfalto usado ceder e o buraco aparecer de novo. Quem sofre somos nós, motoristas, que já pagamos uma grande quantia de impostos e, por falta de capacidade da Prefeitura, temos que gastar mais ainda com a manutenção dos carros”, ressalta.

Outra via importante da região que também sofre com o problema é a avenida Doutor Francisco Mesquita. “Nem precisava diminuir a velocidade permitida da via para 60 km/h. Ninguém consegue andar acima disso na avenida. No trecho onde está localizado o Central Plaza Shopping, nos dois sentidos, o asfalto está repleto de ondulações, rachaduras e buracos. Nos primeiros meses do ano, quando chove bastante em São Paulo, o problema piora”, explica a cabeleireira Laura Nogueira Dias.

A situação que chama mais atenção é da rua Costa Barros, na Vila Alpina. Recapeada há cerca de dois anos, a via já está repleta de buracos. “É uma vergonha o asfalto usado pela Prefeitura Municipal de São Paulo. Em outros países o material aguenta 10, 15 anos, aqui em São Paulo não aguenta nem um ano direito. Parece que não querem resolver o problema para não perder o dinheiro de um novo serviço. A rua foi recapeada no final de 2010 e no ano seguinte já estava com buracos. Agora então, com as chuvas, a situação vem piorando diariamente. Toda hora aparece um buraco novo que você tem que desviar. E não são danificações pequenas, são verdadeiras crateras”, comenta a estudante Gisele Freitas, que reside na via.

A reportagem cobrou a Subprefeitura de Vila Prudente/Sapopemba sobre a situação, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta.

Fonte: Folha VP